terça-feira, 16 de março de 2010

Todos queremos direitos e ninguém quer dever.

Hoje no curso pré-vestibular, onde estudo, surgiu uma discussão tanto engraçada, mas séria! Os meus colegas de sala fizeram um pedido (errado legalmente) motivados por uma injustiça.
Em minha cidade, os dois principais cinemas não aceitam carteirinhas de alunos de cursos pré-vestibulares para obter desconto de 50%, justificando que não são estudantes. Irônico! Todos sabem o quão o pessoal estuda e muito para poder ingressar em uma universidade pública, por ser muito competitivo.

Até ai tudo bem. Minha indignação vem agora: zombaram-me quando eu disse a solução do problema.

"Passamos a frequentar a Câmara dos Vereadores, fazendo uma reivindicação para proibir essa negação. Mesmo o MEC considerando um curso livre, todos nós somos estudantes, ficamos periodo integral estudando. Nós podemos ser ouvidos."

Frequentar a Câmara dos Vereadores? Está fora de si! O melhor é fazer manifestação em frente aos cinemas, fazer confusão e chamar a impresa para registar.
Pensamento de acomodados.
É mais cômodo e legal chamar a atenção fazendo bagunça do que levantar do sofá, deixar de assistir ao BBB (e quem será o próximo eliminado?) e participar da fiscalização da política municipal.

Cada dia que se passa mais indignada fico com esses tipos de conversas, pensamentos de que "quem tem dinheiro, tem poder", a população não consegue fazer nada, melhor nem tentar que não vai dar certo, não há nada que possa ser feito etc.

Sim! Nós temos o poder também, nós podemos mudar alguma coisa se acreditarmos que podemos. Caso contrário não viveríamos em uma democracia (demo= povo, população; cracia= poder) e sim em uma, oligarquia (poder de poucos) ou aristocracia (poder de uma classe privilegiada).

A conclusão que chego é que "sem ação não há reação", ou seja, não há mudança. Não havendo mudança, nós brasileiros continuaremos brincando de circo, onde a população é o palhaço e o governo, o espectador.

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