sexta-feira, 15 de junho de 2012

Greve nas universidades, crise social.


Depois de assistir à reportagem do Jornal Hoje sobre os acadêmicos da Unifesp me fez refletir do quão os alunos das Universidades Federais são tidos como marginais, vândalos e inimigos da harmonia social. Não teria que ser ao contrário? Se alunos da maioria das IFES estão aderindo a greve é por que algo de errado está acontecendo.

Hoje percebi que essas pessoas que nos criticam nos noticiários, escritórios, repartições públicas, reitorias etc, um dia estiveram no nosso lugar, atuando, estudando, dialogando, debatendo da mesma forma que fazemos e simplesmente apagaram da memória a época que passaram dentro das salas de aula de uma instituição de ensino superior.

Durante toda minha vida estudantil ouvi dos meus mestres que não era correto aceitarmos tudo que nos dizem e nos ensinam, que deveríamos questionar. Eu não compreendia o que era isso. Quando, finalmente, alcanço o tão idealizado sonho de estar sentada numa cadeira de uma universidade FEDERAL, recebo indicações de leitura pelos professores das obras clássicas de filosofia, sociologia, ciência política e principalmente de jornais, a ficha cai e vejo que me tornei uma formadora de opinião.

Sempre achei que conseguir formar e defender opinião, mesmo sem sucesso por que opiniões existem para serem discutidas, fosse uma coisa boa, algo que merecia ser louvado apesar da dificuldade de ser alcançado.

Mas a realidade é outra.

O que ocorre é por ter justamente começado adquirir a bagagem necessária para ter opinião, defendê-la e posteriormente dessa idéia transformá-la em PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO é que não só eu, como outros acadêmicos preocupados com a realidade brasileira, sofremos repreensão e julgamentos.

É como se pairasse no ar uma ditadura. O governo querendo restringir o nosso direito a liberdade de EXPRESSÃO e, o mais importante, O DIREITO DE INFORMAÇÃO. Falar é muito bom, mas poder ler numa revista ou jornal sobre o que nossos representantes estão fazendo ou deixando de fazer pela/para nossa sociedade brasileira é ainda melhor. Enquanto a polícia atua de forma grotesca e primitiva para cercear a manifestação de revolta que, nós, alunos das universidades têm a respeito desse governo jocoso.

Para mim, fica a impressão de que não tiveram passado. Muitos políticos simplesmente esqueceram que um dia fizeram parte da oposição, lutaram pela nossa democracia e hoje que nos tirar. 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Abaixo o link do artigo "Não existe apenas uma língua" na integra.


Educação a mercê ou a vossa mercê?

Os últimos relatos sobre a polêmica dos livros destinados aos alunos da rede pública fornecidos pelo governo têm gerado um "desconforto social". Heloísa Ramos, autora dos livros, mostra como correto o uso escrito do português coloquial.

O artigo "Não existe apenas uma língua", de autoria de Maurício Dias, colunista da Carta Capital (edição de 23/05/2011) mostra as deculpas esfarrapadas dadas pelas autoridades de ensino. Chegam a comparar a Finlândia, país de PRIMEIRÍSSIMO mundo, dizendo que lá é permitido o uso coloquial do idioma.


Oras... que pecado capital comparar Europa com América do Sul!


A autora trata como "adequação" e "inadequação" da norma culta. Entretanto, se dissermos às crianças que "tudo bem elas escreverem errado", elas aprenderão e utilizarão dessa forma. Outra coisa é explicar a um adolescente, com o básico da educação, que até poderá entender essas tais adequações.


Por último, creio que o governo está moldando a classe baixa da forma que deseja, a deixando sem instrução, sem conhecimento, sem cultura e alienada, para que casos como Palocci não tenham impacto.


PS: Ai de nós no futuro, que precisaremos de médicos, advogados, contadores, professores, escriturários que estão em fase de aprendizagem...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Retorno

Após algum tempo de ausência, me veio uma vontade de blogar e atualizar esse humilde diário eletrônico.

Com vários assuntos relacionados à política, aquele que vem me deixando mais pensativa, é sobre a suposta morte de Osama bin Laden.


É notável que os EUA lutam contra o terror e que querem acabar com todos os líderes terroristas. Mas será que é certo eles se acharam superiores à ONU, aos Direitos Humanos e sairem matando apenas com o julgamento ideológico?


Como todo trâmite júridico e legal para condenar uma pessoa a morte, é necessário a constituição de um Tribunal, elencar provas, testemunhas, tanto de acusação quanto de defesa, para condenar ou absolver o réu.


Não sou a favor do terrorismo e não defendo Osama bin Laden, mas como uma futura jurista, tenho que pensar, além dos Direitos Humanos, na legislação do meu país e não deixar de lado os Tratados Internacionais.


Na Declaração Universal dos Direitos Humanos está disposto no artigo XI:

"1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias a sua defesa."


Que fique a mensagem para ser refletida, contestada e contrariada.

Uma ótima terça-feira.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Justificativa.

Apenas para não deixar meu blog às moscas. Resolvi justificar minha ausência, porém, como novembro está chegando e as provas també, ainda ficarei mais tempo longe.
Contudo, logo virá minha aprovação e logo estarei numa universidade e dedicarei a devida atenção a este diário/desabafo.

obrigada pela compreensão.

domingo, 26 de setembro de 2010

Célebre professor: “Quem não conhece sua história, corre risco de vivê-la.”

Sei que estou a muito tempo longe do meu blog. Entretanto, quero postar uma entrevista publicada no site da Folha de São Paulo, www.folha.com.br, com o promotor Hélio Bicudo. Foi vice de Lula quando este se canditatou ao governo do estado de São Paulo, nos ano 80.

 

Hélio Bicudo: ‘País pode caminhar para ditadura civil’

Eduardo Anizelli/Folha

Durante 25 anos, a biografia de Hélio Bicudo enfeitou os quadros do PT. Com o passar do tempo, o promotor franzino tornou-se um estorvo. Em 2005, ano do mensalão, achou que era hora de se desfiliar.

Na semana passada, Bicudo, 88, voltou ao meio-fio num em defesa da democracia e da liberdade de imprensa. Uma reação a Lula. Acha-o diferente do Lula de quem fora vice, nos anos 80, numa chapa que disputou o governo de São Paulo.

Em entrevista veiculada neste domingo (26) em ‘A Gazeta’, Bicudo declara: sob a liderança de Lula, “o Brasil pode caminhar para uma ditadura civil”. Vão abaixo algumas de suas declarações:

- A democracia está sob ameaça? Acho que sim, porque o presidente da República ignora a Constituição, se acha acima do bem e do mal, e, com uma vitória que está delineada em favor da sua candidata, concentrará todos os poderes da República em suas mãos, além do apoio da maioria dos Estados e da população em geral. Com uma pessoa com esse potencial, e que não vê no ordenamento jurídico do país a maneira de estabilizar as discussões e debates, o Brasil pode caminhar para uma ditadura civil, sem dúvida.
- Depois de 25 anos no PT, imaginou que isso pudesse acontecer? De início, não, mas no final, achava que aconteceria essa reviravolta. Foi marcante aquela carta aos brasileiros que Lula escreveu antes da sua primeira eleição, demarcando uma posição muito mais para o neoliberalismo do que para o socialismo.
- Vê diferenças entre o neoliberalismo de FHC e de Lula? Não há nenhuma diferença, porque quem comanda as decisões políticas hoje, como ontem, é o próprio capital.
- O PT indicava uma prática diferente? O PT fazia uma oposição bastante forte nos governos Sarney e Fernando Henrique. A partir do governo Lula, a unanimidade popular que ele foi conquistando afastou a oposição do seu caminho. E o que aconteceu? Sobre o mensalão e os outros atos de corrupção apontados, nada se fez. Quando Lula diz que é presidente da República até sexta-feira à noite, e depois fecha a gaveta e só volta na segunda-feira, pratica crime de responsabilidade. Afinal, como presidente ele jurou obedecer às leis do país. E a Constituição não permite que um presidente da República participe da campanha eleitoral como ele está participando. É crime que leva ao impeachment, mas nem os partidos políticos, nem a sociedade civil movem nenhuma pedra contra isso.
- O que esperar de Dilma? Quem continuará mandando no país vai ser Lula. Dilma diz que ela é o Lula. Então as coisas continuarão como estão, com a mesma corrupção, o mesmo manejo da coisa pública.
- Imaginava voltar às ruas em defesa da democracia? A gente fica frustrado, depois de uma longa luta em prol da democracia, ver o que estamos vendo. E acho que não temos democracia, até pela maneira pela qual se conduz a vida pública, onde um grupelho toma conta do governo, pondo nele seus parentes, seus amigos... Não é o governo do povo. Veja a própria constituição do Supremo Tribunal Federal, onde não se fez uma consulta maior para a escolha dos ministros. Ela foi pessoal, feita pelo próprio presidente. Leis passam na Câmara e no Senado, por atuação da presidência da República, que transformou o Legislativo em algo sem a menor expressão. [...] Quem manda no país, passa por cima das leis é ele, Lula. Vai eleger a presidenta que fará o que ele quiser.
- Como vê Lula? Um homem inteligente, que poderia usar essa inteligência para implementar e fortalecer a democracia no país, mas optou por incrementar o poder pessoal. [...] Ele sempre mandou no partido, afastou as lideranças que pudessem competir com ele. É o dono, sente-se acima do bem e do mal.
- Os escândalos e o ‘eu não sabia’: Ele sabia de tudo, deixou as coisas escaparem. A oposição não atuou e, hoje, chegamos onde estamos.
- Incompetência da oposição? Foi inexistência de oposição.
- A saída do PT, em 2005: Saí porque achei que o partido não estava trilhando a estrada que havia traçado no seu nascedouro. Ele deixou de representar o povo. Pode até ter o voto do povo, mas representa os interesses daqueles que o comandam.
- Lula e a imprensa: Olha, Lula vive dizendo que a imprensa o prejudica. Eu acho que é o contrário. [...] A imprensa tem ajudado Lula e seus candidatos. Você não pega um jornal, um programa de televisão, que não exiba um retrato dele. O povo não vê o que está escrito além dá manchete. Funciona como propaganda.
- Lula e a popularidade: Mis-en-scène... Pergunto: com tudo isso, o que o Brasil conseguiu, do ponto de vista internacional? Zero. A questão da popularidade não tem relação com a eficiência. Olha o caso do Irã. Tem maior vergonha do que isso? Nossa política externa é péssima. O Brasil não conseguiu colocar uma pessoa em cargo relevante no conceito internacional. Em matéria de Direitos Humanos, botaram lá em Genebra uma pessoa que jejuna nessa área. E onde estão os direitos humanos no Brasil, onde o presidente aceita que a Lei de Anistia contemple também torturadores? E a compra de 36 aviões de caça? Uma brincadeira, desperdício de dinheiro público...

- O ‘ato contra o golpismo midiático’, com CUT, UNE, movimentos sociais e políticos governistas: Lula sempre diz que há uma revolução midiática para retirá-lo do poder. Os pelegos dele é que fizeram o movimento em contrário ao nosso.
- O manifesto pró-liberdade de expressão: Ontem, mais de 20 mil pessoas já tinham assinado o nosso documento. A semente foi plantada, e agora depende da sociedade. Porque o problema é também de pós-eleição. Repetindo o que já foi dito: se você não vigia, não tem democracia. Deve-se vigiar permanentemente quem governa o país, para que não haja desvios. Seja quem for eleito, independentemente do partido político.
- Vê méritos neste governo? A questão é: o que o governo pretende com sua atuação? Para mim, só autoritarismo.
- O convívio com Lula: Sim, mas os tempos mudaram completamente. Ele acabou com as lideranças do partido, e lançou uma pessoa que nem era do partido, tradicionalmente, à presidente. Hoje o PT não tem diferença nenhuma dos outros partidos.
- A opção por Marina Silva: [...] Entre os candidatos que estão aí, é ela quem tem as melhores condições, do ponto de vista de sua vida, do trabalho que já fez e se propõe a fazer...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Campanha II

Aderindo ao boicote que está rolando no Twitter: @UmDiaSemGlobo
Pelo Dunga e contra ao autoritarimo da Rede Globo.
Assista aos jogos na Band ou ESPN

Há Há Há.

Globo: seu reinado está chegando ao fim. E continuo insistindo, OS BRASILEIROS NÃO SÃO OS MESMOS ALIENADOS DE SEMPRE!